Quem Ganhou as Eleições Para o Parlamento Burguês? Os Mesmos de Sempre - A Burguesia!

22-03-2024

Mais uma vez, estas eleições para o parlamento burguês foram um teatro onde os vencedores eram já previsíveis - a burguesia. A consolidação das forças fascistas deu-se com o reforço da fraude e da manipulação inerentes ao sistema parlamentar burguês que, através da redução da abstenção reforçou a ilusão neste mecanismo, consolidou o seu poder e reforçou as suas ferramentas de repressão, como o Estado.

A burguesia alavanca a fascização do Estado e de todas as suas estruturas de repressão e opressão social pois teme que o crescente descontentamento das massas – pela falta de habitação e rendas incomportáveis, aumento da pobreza devido à inflação e aos baixos salários, desemprego jovem, falta de condições laborais, … - se transforme em lutas queserão cada vez mais dirigidas contra o capitalismo como a raiz de todo o mal.

Temem também que a influência dos revolucionários crie raízes entre as massas.É por isso que iniciaram um desenvolvimento à direita dos governos burgueses, tanto em Portugal como por todo o mundo e alavancam as tendências fascistas. O CHEGA desempenha um papel crítico neste contexto, agindo como uma ferramenta para desviar a atenção das massas das verdadeiras causas da sua opressão - o capitalismo - e criar divisões internas na Classe Trabalhadora e no Povo.

O fascismo conhece apenas um objectivo real para suprimir a vontade de mudança das massas:

a destruição do Marxismo-Leninismo de forma a manter o domínio do capital financeiro.

Para que a classe exploradora tenha hipóteses de vitória neste confronto, as suas forças tradicionais de poder - que dominam pelo meio da mentira e da fraude - vão dando lugar a forças cada vez mais reaccionárias que dominam sobretudo através da violência e do medo.

Estas forças foram construídas e adaptadas segundo os interesses da burguesia nacional, que anunciou a vontade de despedir mais de 1.1 milhões de trabalhadores nos próximos anos e sabe que a classe operária não se deixa cair sem lutar.

Os mesmos ataques contra as massas também estão a acontecer noutros países pois este é também um projecto da burguesia internacional para salvar o imperialismo.

Alguns pensam também que a culpa é da opressão do país por parte da União Europeia Imperialista. Mas esta não é a verdadeira causa. A causa reside na crise económica e financeira mundial que tem dominado todos os países imperialistas.

A intensificação da competição entre os monopólios leva a uma intensificação da exploração da classe trabalhadora, alimentando assim a necessidade da burguesia em reforçar a repressão e a exploração para cumprir os seus propósitos e manter o seu domínio.

A burguesia prepara-se assim para outros tempos de repressão e nós também.

O desenvolvimento da ofensiva da nossa classe é a única forma de contrariar este rumo.

Nestes 50 anos do Golpe Militar que pôs fim ao método de governo fascista e face à presente escalada fascista, é necessário reforçar a consciência antifascista existente na classe operária e nas massas e alavancar a necessária construção do Partido Revolucionário em Portugal.

A esquerda institucional não nos oferece uma alternativa real ao sistema capitalista.

Abandonemos as demagogias da esquerda parlamentar que, em vez de enfrentar o problema de frente e desafiar as estruturas de poder dominantes, parece estar mais disposta a fazer concessões superficiais para manter a direita afastada. A Revolução Socialista é a única resposta viável para combater o avanço do fascismo e confrontar a classe dominante.

A mensagem é clara: é já hora de abandonar as falsas alternativas oferecidas pela esquerda parlamentar e trabalhar para construir um movimento revolucionário verdadeiramente emancipatório.

Pela Construção do Partido Marxista-Leninista em Portugal!

Pela Revolução Socialista! Pelo Socialismo Verdadeiro!