Podem Cortar Todas as Flores, Mas Não Podem Parar a Primavera!

08-05-2025

Declaração da ICOR por ocasião do 80º aniversário da libertação do fascismo, 8 de Maio

Jornadas Anti-Guerra da ICOR: 8/9 de Maio (libertação do fascismo hitleriano) - 6 de Agosto (bombardeamento atómico de Hiroshima) - 1 de Setembro (início da Segunda Guerra Mundial)

Este ano, a 8 de Maio na Europa e a 6 de Agosto na Ásia, comemoramos o 80º aniversário da libertação do fascismo hitleriano. Neste dia, em 1945, milhões de pessoas em todo o mundo celebraram o fim daquela que era, até então, a mais terrível de todas as guerras, a Segunda Guerra Mundial. A 9 de Maio de 1945, Estaline anunciou: "A Alemanha fascista, forçada a ajoelhar-se pelo Exército Vermelho e pelas tropas dos nossos aliados, admitiu a derrota e anunciou a sua rendição incondicional."

Nessa altura, a União Soviética era o principal país socialista e a principal força por detrás da derrota do fascismo hitleriano, em última análise em conjunto com a coligação anti-Hitler. A rendição do fascismo hitleriano demonstrou também a vitória e a superioridade do socialismo sobre o capitalismo imperialista. Na guerra partidária, as alianças antifascistas resistiram e contribuíram para a vitória em muitos países do mundo. As forças comunistas estavam no seu centro e eram frequentemente a sua força principal. No campo de concentração fascista "Buchenwald", na Alemanha, os prisioneiros, dirigidos por comunistas e por um Comité Internacional do Campo, conseguiram libertar-se. O poder da União Soviética socialista inspirou o espírito revolucionário dos trabalhadores e dos povos do mundo. Na Europa de Leste e do Sul, lutaram por revoluções populares democráticas e enveredaram pelo caminho do socialismo. Os movimentos revolucionários tornaram-se mais fortes na Ásia, nomeadamente na China, no Vietname e na Coreia. Os movimentos de libertação nacional nas colónias e nos países dependentes ganharam ímpeto.

Os revolucionários e todos os povos amantes da paz do mundo devem levar adiante esta tocha do socialismo, do movimento revolucionário mundial e das massas que lutam contra o fascismo!

Actualmente, o perigo de uma Terceira Guerra Mundial nuclear intensificou-se. Este facto continua a ser largamente subestimado: "Já há guerras em todo o lado". Uma guerra mundial nuclear teria uma dimensão diferente. Regiões inteiras ficariam inabitáveis durante milhares de anos e milhões de pessoas morreriam de forma cruel.

Actualmente no mundo, uma em cada oito pessoas está exposta à violência e à destruição através de guerras e conflitos. 305 milhões de pessoas dependem de ajuda humanitária e mais de 120 milhões de pessoas estão a fugir das suas casas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, exige que os membros da NATO gastem 5% do seu produto interno bruto com as forças armadas. Isto significaria mais triliões de dólares a serem redistribuídos de baixo para cima à custa das pessoas. Só na guerra de Gaza foram assassinadas mais de 50.000 pessoas. A guerra bárbara do governo israelita quebrou rigorosamente o cessar-fogo, interrompeu todos os abastecimentos às massas e planeia a anexação total de Gaza com a expulsão ou destruição do povo palestiniano. Gaza é hoje um foco mundial de resistência e de luta de libertação, e nós apoiamo-la com a máxima prioridade, determinação e solidariedade. Comprometemo-nos a exprimi-lo resolutamente no dia 15 de Maio, Dia da Nakba, em todo o mundo.

As causas do genocídio em Gaza, no Sudão e no Congo, e da destruição na Ucrânia, têm todas a mesma raiz: a intensificação da concorrência entre as potências imperialistas por quotas de mercado e matérias-primas. A luta contra a guerra imperialista deve ser também uma luta contra os orçamentos governamentais, os cortes sociais maciços e, acima de tudo, contra os nossos próprios governantes. Estes tentam demagogicamente apresentar os seus interesses imperialistas como a defesa dos interesses de todos nós.

Não nos deixemos levar para a morte nos campos de batalha do mundo pelos interesses dos imperialistas! O inimigo principal está no nosso próprio país. O fascismo e a guerra revelam-se mais uma vez como duas faces da mesma moeda. A paz duradoura só pode ser alcançada através da vitória mundial do socialismo e do comunismo.

A divisão da classe trabalhadora foi uma das principais razões pelas quais os fascistas conseguiram ganhar influência sobre grandes massas de pessoas. Actualmente, existe um perigo fascista agudo em muitos países do mundo, incluindo Trump nos EUA, Meloni em Itália, Le Pen em França, Modi na Índia, Erdoğan na Turquia, Marcos nas Filipinas e Netanyahu em Israel. Em particular, a ligação entre as guerras imperialistas e o fascismo torna claro que a classe trabalhadora deve ser a força principal nesta luta, mas deve unir-se às amplas massas do povo e às lutas de libertação nacional e representar e ancorar a perspetiva socialista.

"Podem cortar todas as flores, mas não podem parar a primavera", disse Pablo Neruda.

Em todo o mundo, de Oslo à Cidade do Cabo, de Portugal a Tóquio, as massas populares levantam-se contra a ameaça fascista e as guerras injustas. Na Turquia, as massas estão a sair corajosamente à rua. Em Itália, os trabalhadores portuários bloquearam os portos sob a palavra de ordem: "Baixemos as armas, aumentemos os salários! Vamos bloquear a logística da guerra!"

Georgi Dimitrov definiu corretamente o fascismo como "a ditadura terrorista dos elementos mais reacionários, mais chauvinistas e mais imperialistas do capital financeiro". Karl Liebknecht já dizia: "Nem um cêntimo e nem um homem para este sistema."

Trabalhadores não disparam contra trabalhadores!

Viva o internacionalismo proletário!

Lutemos contra o fascismo!

A resistência das massas a nível mundial pode evitar uma guerra mundial - só o socialismo e o comunismo podem garantir a paz!

Fortalecer a ICOR!

Situação dos signatários 07.05.2025. São possíveis novas assinaturas. Lista actual de signatários em www.icor.info

  • PCPCI Parti Communiste Proletarien de Côte d'Ivoire (Partido Comunista Proletário da Costa do Marfim)
  • UPC-Manidem Union des Populations du Cameroun - Manifeste National pour l'Instauration de la Démocratie (União das Populações dos Camarões – Manifesto Nacional pelo Estabelecimento da Democracia)
  • CPSA (ML) Partido Comunista da África do Sul (Marxista-Leninista)
  • PCT Parti Comuniste du Togo (Partido Comunista do Togo)
  • PPDS Parti Patriotique Démocratique Socialiste (Partido Patriótico Democrático Socialista), Tunísia
  • CPA/ML Communist Party of Australia (Marxist-Leninist) (Partido Comunista de Australia (Marxista-Leninista))
  • БКП Българска Комунистическа Партия (Partido Comunista da Bulgária)
  • PR-ByH Partija Rada - ByH (Partido trabalhista - Bósnia e Herzegovina)
  • MLPD Marxistisch-Leninistische Partei Deutschlands (Partido Marxista-Leninista da Alemanha)
  • UPML Union Prolétarienne Marxiste-Léniniste (União Marxista-Leninista Proletária), França
  • KOL Kommunistische Organisation Luxemburg (Organização Comunista do Luxemburgo)
  • RM Rode Morgen (Amanhecer Vermelho), Países Baixos
  • UMLP União Marxista-Leninista Portuguesa
  • RMP Российская маоистская партия (Partido Maoista Russo)
  • MLGS Marxistisch-Leninistische Gruppe Schweiz (Grupo Marxista-Leninista da Suiça)
  • KSRD Koordinazionnyj Sowjet Rabotschewo Dvizhenija (Concelho de Coordenação do Movimento da Classe Trabalhadora), Ucrânia
  • PCP (independiente) Partido Comunista Paraguaio (independente)
  • PC (ML) Partido Comunista (Marxista-Leninista), República Dominicana
  • SUCI (C) Socialist Unity Center of India (Communist) Centro de Unidade Socialista da Índia (Comunista)
  • Chinese Communists (MLM) Chinese Communists (Marxista-Leninista Maoista)