Nota de esclarecimento/repúdio sobre o impedimento de distribuição do nosso panfleto na Manifestação em Solidariedade com o Povo Colombiano, no Porto
Por representarmos um internacionalismo consistente e lutarmos por uma Frente Única Anti-imperialista e Antifascista Internacional, a UMLP marcou, dia 22 de Maio, presença na campanha mundial em solidariedade para com o povo colombiano, #SoSColômbia, um evento que deveria mobilizar as massas a fortalecer laços de solidariedade. Porém, ao distribuirmos a resolução da ICOR junto dos elementos da iniciativa, fomos confrontados pela discriminação anticomunista dado "o facto de sermos comunistas e lutarmos junto do Partido Comunista da Colômbia - Maoista, membro da ICOR", que lhes era desconhecida. Perante o argumento de que a nossa organização poderia criar constrangimento e problemas com a polícia - (algo incompreensível para nós) - foi-nos impedida a distribuição do panfleto naquele local, o que acatámos e acabámos por fazer junto das massas que transitavam nos Aliados e São Bento, sendo plenamente aceite.
O verdadeiro internacionalismo é indivisível!
Findo o evento, percebemos que o mesmo acabou por ter a presença e intervenção de revisionistas que colaboram com a burguesia, na linha do oportunismo de direita, como Ilda Figueiredo, do PCP, que já na acção de solidariedade com a Palestina, a 17 de Maio no Porto, irrompeu contra o nosso camarada, em clara intimidação, tentando impedir-nos de fazer a distribuição no local. A mesma atitude que repetira há anos atrás no 1º de Maio, no Porto, intimidando e rejeitando o comunicado das mãos do mesmo camarada operário e dirigente sindicalista, com a justificação de uma manifestação "livre de ideologia", querendo superar fronteiras entre esquerda e direita, numa clara demonstração de conciliação de classes, que na verdade só servem à influência dos reaccionários e preservam o capitalismo. Para o PCP, que se chama a si próprio de comunista para enganar os trabalhadores pois traíram o comunismo há já muito tempo, a colaboração com o Estado capitalista é mais importante do que a solidariedade entre os trabalhadores.
Por medo que a juventude e as massas se revejam na nossa linha, visto que a ICOR e nós UMLP representamos o caminho revolucionário, a crítica consistente do capitalismo e a perspectiva do socialismo verdadeiro, as forças reformistas de liquidação com estruturas de liderança anticomunistas, recorrem a métodos antidemocráticos. Ao intimidarem-nos, querem orientar e desarmar o movimento para caminhos conformes ao capitalismo, enfraquecendo significativamente o movimento solidário. O direito à organização, agitação e de aparecer publicamente como organização foi dificilmente conquistado pelos nossos antepassados, defendemos esses direitos!
Não reivindicamos direitos especiais, mas os organizadores que proíbem bandeiras ou panfletos aplicando medidas particularmente antidemocráticas, devem reflectir sobre o que entendem por democracia.
A luta na Colômbia é atualmente das mais avançadas no mundo. Estas experiências são um exemplo clássico dos tempos mais difíceis que virão para os trabalhadores e oprimidos no mundo, onde desenvolvimentos semelhantes podem ser esperados em muitos países. É por isso que a organização revolucionária mundial ICOR e a UMLP cumprem o seu dever. A solidariedade é um conceito básico no movimento operário e como Marxistas-Leninistas ninguém nos trava no apoio aos trabalhadores e povos oprimidos, estaremos sempre presente na luta, não nos escondemos e jamais nos calaremos.
Pegando nas palavras de Karl Marx dizemos: "Cidadãos, pensemos nesse princípio básico da Internacional: a Solidariedade. É estabelecendo em fortes bases, entre todos os trabalhadores de todos os países, esse princípio vivificante que atingiremos o grande objectivo a que nos propomos."