Dia Internacional Anti-Guerra - Contra o Perigo de Guerra Imperialista - Pela Construção da Frente Anti-Imperialista e Antifascista Mundial!
Por todo o mundo, o desenvolvimento à direita dos governos e partidos burgueses, a fascização dos aparelhos de Estado, que já começou há muito tempo, inclusive em Portugal, bem como as numerosas crises do sistema mundial imperialista, tornam cada vez mais óbvio de que a ditadura da burguesia tem o fascismo dentro de si e a crise da COVID provou, mais uma vez, a incapacidade do parlamentarismo burguês resolver os problemas da Humanidade. A classe dominante está novamente a tentar manter o seu sistema ultrapassado através do fascismo e da guerra. É, pois, necessário prestar atenção a isto e reconhecer a necessidade de uma acção comum de todas as forças democráticas contra o perigo fascista.
Porém, hoje em dia, as pessoas estão fartas e já não podem ser tão facilmente enganadas!
Como nos provam os quase 2 anos de Guerra Imperialista na Ucrânia, que expande a Guerra Económica Global e intensifica a Competição Inter-Imperiaista em todos os campos, urge a necessidade em intensificar a Luta contra a transferência dos custos da guerra e da crise para as costas dos trabalhadores e das massas!
Por isso devemos avançar com um novo movimento pela paz com todas as forças anti-imperialistas e antifascistas, que seja indiscutivelmente internacionalista e dirigido contra todos os imperialistas e neo-imperialistas.
Há certamente quem acredite que não há nada que possamos fazer, mas em Portugal e por toda a Europa, vivemos a maior onda de greves em décadas! Os Trabalhadores e as massas estão fartos das mil e uma crises do Capitalismo e procuram alternativas. É por isso que cada vez mais pessoas, por todo o mundo, procuram uma sociedade alternativa a este capitalismo bárbaro.
A luta nas fábricas e nas ruas contra o perigo da guerra mundial e pela salvaguarda do meio ambiente, tornou-se numa questão de existência humana e deve mudar a sociedade. Se os trabalhadores de todos os países se unirem entre si e se unirem tqmbém com todos os oprimidos, com todos os amantes da paz, então podemo-nos tornar numa força superior contra o imperialismo!
A construção da Frente Única Anti-Imperialista e Antifascista Internacional, que inclui sectores da sociedade ameaçados pelo Fascismo - pois o Fascismo oprime, não só a classe operária, mas também sectores mais vastos da sociedade - tem como espinha dorsal a Frente Única Proletária pois é ela o elemento activo e propulsor desta Frente, e a sua constituição é da maior das importâncias.
Como UMLP damos o nosso melhor contributo para isso e orientamos o nosso trabalho, na fase actual da luta de classes, na construção da Frente Única do Proletariado em Portugal, fomentando a unidade de acção nas questões singulares e a Frente Única em todas as questões essenciais, pondo de lado o que nos separa, temporariamente, fortalecendo assim a unidade no seio da classe trabalhadora.
Por outras palavras: Em termos de forma, a nossa luta é Nacional, mas em termos de conteúdo é Internacional. Por isso fazemos parte da ICOR e por isso integramos a Frente Única Anti-Imperialista e Antifascista Internacional.
Este processo dialéctico está em pleno andamento, um pouco por todo o mundo e as interacções das lutas nacionais e internacionais estão a desenrolar-se. Os trabalhadores dos países singulares têm, diante de si, um inimigo comum que é o capital financeiro internacional que, tal como um polvo, tem os seus tentáculos envoltos pelo planeta inteiro.
Provavelmente não será possível eliminá-lo se cortarmos apenas um dos tentáculos. Claro que as lutas de libertação só podem e devem ser travadas nas frentes nacionais singulares pois as condições e tácticas diferem de país para país. Porém, de forma a que estas lutas possam ser bem-sucedidas a longo prazo, não podem permanecer isoladas e é por isso que é necessária uma abordagem comum.
A Revolução Internacional, a Libertação social não pode ser imaginada como um acontecimento que tem lugar em todo o lado ao mesmo tempo, de um dia para o outro, mas deve ser vista como uma flutuação de insurreições de massas e lutas revolucionárias que devem ser coordenadas e unificadas. Estamos certos que a Frente Antifascista, apesar de estabelecer para si a tarefa de combater as medidas terroristas fascistas, protegendo as vitimas e lutando pelo objectivo de derrubar o fascismo, como a forma mais brutal, agressiva e imperialista do domínio do capital financeiro, parte dos participantes pequeno-burgueses ficarão satisfeitos com a reintrodução da democracia burguesa como forma natural do domínio da burguesia, mas não o Proletariado, que luta pelo objectivo comum da revolução socialista proletária.
Como Comunistas, acreditamos que só na interacção da revolução socialista nacional e internacional será a revolução socialista num só país, possível e duradoura, tal como inversamente acreditamos que a revolução internacional se realizará de forma concreta nas revoluções socialistas de um só país. Este processo dialéctico é para nós, a realização da ideia de Lenine sobre os Estados Socialistas Unidos do Mundo.
É por isso que acreditamos e fortalecemos a Frente pois ela será mais forte que o monstro capitalista que, apesar de dominar o mundo economicamente, sofre de um defeito de nascença decisivo em termos de poder: não tem um aparelho de poder comum, unificado, com o capital financeiro a dominar sozinho desde a reorganização económica da produção internacional. Contra esta fraqueza fundamental, a frente Única Anti-Imperialista com o trabalhando conjunto, pode derrotar este monstro da ditadura do capital financeiro internacional.
Figurativamente falando, a estratégia e tácticas internacionais parecem como uma orquestra de diferentes estratégias e tácticas proletárias das organizações dos trabalhadores, nos seus respectivos países.
Em linhas gerais, esta é a nossa concepção da relação da Frente Única Anti-imperialista e Antifascista. É neste sentido que entendemos, hoje, o nosso conjunto de tarefas a realizar pela Frente Única Anti-Imperialista e Antifascista.