Contra a Fascização do Estado e a Violência Policial! Pelo Unidade Popular e Resistência Organizada!
A brutalidade policial, que resultou na morte de Odair Moniz na Cova da Moura, é mais um exemplo de um Estado que, em momentos de crise, veste a sua pele de lobo. O que começou como uma operação policial rotineira transformou-se numa tragédia, revelando um desprezo pelo valor da vida Humana. A PSP, agindo com base em falsos pressupostos e preconceitos, tirou a vida de um homem que alegadamente agira violentamente, apenas para depois admitir que não oferecia a ameaça que alegavam.
A fascização das ferramentas de repressão do Estado avança a passos largos, com gangues organizados de agentes a agir impunemente, aterrorizando a família em luto, como se viu no ataque à casa de Odair, num ato de pura intimidação sem qualquer justificação legal. Estes comportamentos autoritários e violentos são o reflexo da fascização de um sistema que alimenta a sua opressão contra os mais vulneráveis.
A violência policial é a manifestação directa de um Estado burguês que não hesita em usar a força para controlar e suprimir aqueles que ele marginaliza. Em vez de garantir segurança e dignidade às populações dos bairros operários e periféricos, o Estado nomeia-os de "Zonas Urbanas Sensíveis", permitindo à Polícia agir de forma mais dura, com mais abusos de autoridade e, em última instância, acabando em morte.
O parlamentarismo burguês carrega o fascismo consigo e tem-lo sempre pronto a sair do bolso.
A cumplicidade do regime com o fascismo é inegável. As declarações fascizantes de figuras do CHEGA, que glorificam a violência policial e incitam ao assassinato em nome da "ordem", revelam o plano da burguesia em intensificar a repressão para conter as massas populares. A ascensão de discursos de ódio fascista, como o de A.Ventura, que agradece à polícia por matar, ou do seu dirigente juvenil que celebra a morte como uma vitória política, é mais uma prova deste desenvolvimento e um alerta para a sociedade.
O fascismo ganha terreno, e precisamos de estar prontos para o combater.
No entanto, rejeitamos a resposta violenta e anárquica como solução. A legítima revolta das populações marginalizadas contra esta opressão sistémica não deve ser canalizada para o vandalismo e destruição que apenas serve para deslegitimar a nossa luta. Actos de vandalismo inconsequente afastam a classe trabalhadora da verdadeira organização e da consequente construção de uma alternativa sólida ao fascismo.
Estes atos, apesar da dor e revolta legítimas, não constroem o futuro pelo qual lutamos. O caminho para derrotar o Capitalismo e a fascização do seu Estado não passam pela destruição irracional, mas sim pela unidade popular e organização da classe trabalhadora. Precisamos de mobilização massiva, de trabalhadores, jovens e comunidades, para resistir a esta ofensiva repressiva e fascista cada vez mais aguda.
A nossa luta é por uma sociedade onde a vida humana é valorizada, onde os direitos e liberdades são inalienáveis, e onde a segurança é garantida não pela repressão, mas pelo bem-estar social. Uma sociedade justa, onde todos, sem exceção, possam viver com dignidade e sem medo.