Prefácio da Carta Aberta aos Partidários do PCTP/MRPP
Quando a União Soviética social-imperialista entrou em colapso em 1989, o coro de todos os anticomunistas regozijou-se: "O socialismo chegou ao fim - Triunfo do capitalismo!"
Mas o que tinha desmoronado já não era o socialismo, mas um capitalismo burocrático que tinha transformado a antiga União Soviética revolucionária numa superpotência imperialista. Uma nova burguesia de líderes partidários degenerados tinha tomado o poder no XX Congresso do Partido na União Soviética em 1956 e restaurou o capitalismo com métodos revisionistas. Esta traição do marxismo-leninismo foi apresentada fraudulentamente às massas como verdadeiro socialismo. Um desenvolvimento semelhante teve lugar após a morte de Mao Tse-Tung na China sob a liderança de Deng Xiaoping.
A fim de contrariar a confusão no movimento operário internacional, a destruição interna do socialismo pelo revisionismo e a restauração do capitalismo tiveram de ser esclarecidas. Enquanto os revolucionários de pé em todo o mundo, por exemplo nas organizações da ICOR, denunciam a traição revisionista e defendem o marxismo-leninismo, os oportunistas pequeno-burgueses procuram as causas não na traição ao socialismo, mas no próprio socialismo.
Esta linha é tomada pelo PCTP/MRPP com as "Teses da Urgeiriça". Nestas, Arnaldo Matos vai ainda mais longe do que os velhos oportunistas que tinham rejeitado a Revolução de Outubro sob a liderança de Lenine apenas como prematura. A. Matos afirma que o proletariado russo não fez uma revolução socialista em 1917, mas apenas uma revolução burguesa. Nenhum modo de produção comunista tinha sido introduzido porque o trabalhador estava ainda mais expropriado da mais-valia produzida. Os supostos erros fundamentais de Lenine foram responsáveis por isto, pelo que foi necessário voltar a Marx e estudar de novo desde a primeira linha.
Mas a tentativa de jogar Marx contra Lenine prova-se ser infundada: na "Crítica ao Programa de Gotha", Marx expõe a ideia do "fruto integral do trabalho" como uma fantasia oportunista do social-democrata alemão Ferdinand Lassalle. Isto nada tem que ver com socialismo e comunismo. Lenine também deixou isto claro alguns dias antes da Revolução de Outubro de 1917 no seu escrito "O Estado e a Revolução". Em vez de verificar isto por si próprio, o "lutapopularonline" repete e divulga sem críticas as falsas alegações de Arnaldo Matos.
A. Matos acusa Lenine de outros "erros de princípio", especialmente em relação à ditadura do proletariado e da NEP. Na nossa Carta Aberta aos partidários do PCTP/MRPP provamos que estas acusações não têm fundamento.
Este ataque contra a Revolução Socialista de Outubro, contra Lenine e Mao Tse-Tung, e o recuo para um chamado "marxismo" é na realidade um ataque ao leninismo. Mas, na época do imperialismo o marxismo é o marxismo-leninismo. Para o reduzir a um "marxismo", deixamos isto aos trotskistas e outros oportunistas de direita e de esquerda.
- Defender o Marxismo-Leninismo!
- A Revolução Socialista de Outubro vive no coração de todos os revolucionários proletários!
- Pela Unificação dos Marxistas-Leninistas de Portugal!
Alfredo Dinis Gonçalves,
Porta-voz da UNIÃO MARXISTA-LENINISTA PORTUGUESA (UMLP)