Nota de Repúdio - Intimidação Policial na Vigília pela Palestina em Chaves

10-10-2025

A União Marxista-Leninista Portuguesa (UMLP) repudia veementemente a actuação ilegal, ilegítima e intimidatória da Polícia durante a "Vigília pela Palestina" realizada em Chaves, onde nos fizemos representar para distribuir o apelo de Solidariedade para com a Associação Comunitária de Saúde Al-Awda, de Gaza, ao lado de cidadãos e activistas que se reuniam em solidariedade com o povo palestiniano, de forma pacífica e silenciosa.

Durante a acção, agentes da PSP abordaram vários participantes e tentaram obrigá-los a facultar dados pessoais, incluindo nomes, nº de telemóvel, estado civil e outras informações privadas, numa clara violação dos direitos constitucionais à liberdade de reunião e manifestação.

Esta conduta deplorável representa uma tentativa deliberada de intimidação e criminalização do protesto político, incompatível com qualquer regime burguês que se diga democrático.

Desde Março que a "vigília" havia sido devidamente comunicada ao Município, estando as autoridades locais plenamente informadas da sua realização.

Assim, a intervenção policial não teve qualquer fundamento legal e constituiu um abuso de poder com o objetivo de inviabilizar a ação, que foi interrompida por mais de 40 minutos, esvaziando o seu propósito e procurando desmoralizar e desmobilizar os participantes da mesma.

Este tipo de comportamento revela a crescente fascização do aparelho de Estado, que persegue e intimida cidadãos mobilizados por causas justas, enquanto fecha os olhos ao terror patronal no país e aos crimes de guerra e às políticas imperialistas que sustentam a barbárie em curso na Palestina.

A UMLP manifesta a sua solidariedade com todos os activistas e organizações que, apesar da repressão, continuam a erguer a voz pela liberdade, pelo direito à auto-determinação e justiça para o povo palestiniano.

Em conjunto exigimos o fim imediato das práticas intimidatórias e ilegais da Polícia, o respeito integral pelos direitos democráticos burgueses e constitucionais e a responsabilização dos agentes e mandatários envolvidos nesta operação abusiva.

A solidariedade com a Palestina não é crime! A repressão não nos calará!
Abaixo a intimidação policial!

Pela liberdade dos povos e contra toda a opressão imperialista!
Avante com a luta solidária e internacionalista!