Convocatória para a construção da Frente Única Anti-imperialista e Antifascista Internacional

30-12-2019

Vamos construir a Frente Única Anti-imperialista e Antifascista Internacional contra os saques imperialistas, o terrorismo de estado, a fascização, o fascismo, as intervenções militares estrangeiras, a subversão e as guerras de agressão! Pela libertação nacional e social, pela democracia, pela liberdade e socialismo!

A crise económica e financeira de 2008 teve o efeito de aceleração e intensificação da luta pela repartição do mundo. Agressivo e anti-povos, o imperialismo dos EUA é, ainda, a maior força imperialista e a principal belicista. Porém, um mundo multi-polarizado emergiu.

As rivalidades inter-imperialistas intensificam-se. Todas as forças imperialistas se empurram para a frente na luta pela hegemonia de fontes baratas de mão-de-obra e recursos, pelos mercados, pelas áreas de investimento e pelas esferas de influência. Entre as grande potências imperialistas, há uma luta feroz em curso pela repartição do mundo. Cresce o perigo de uma guerra mundial.

Emergiram novas potências enquanto outras se enfraqueceram. Esta é a lei do desenvolvimento desigual. Sob as condições do imperialismo, a rivalidade implacável entre as potências imperialistas é a consequência inevitável. Eles apenas concordam com a sua exploração e opressão ao proletariado e aos povos do mundo, daí a sua hostilidade para com as lutas de libertação das massas exploradas e oprimidas, especialmente a classe operária revolucionária e os partidos revolucionários do mundo.

Neste contexto, o momento é certo para que uma força se oponha a este sistema imperialista mundial de forma organizada e com uma crescente unificação: numa Frente Única anti-imperialista contra o saque imperialista, as imposições neoliberais, o terrorismo de estado, o racismo, a fascização, as intervenções militares estrangeiras, as subversões e as guerras de agressão - pela libertação nacional e social, pela Democracia, pela Liberdade e pelo Socialismo! É já tempo de que o proletariado e os povos oprimidos deste mundo, com os seus movimentos específicos e nacionais, cerrem fileiras neste movimento global, orientado para o futuro e num crescimento conjunto.

O esclarecimento do carácter do imperialismo, o debate das mudanças no sistema mundial imperialista e o consenso, decisões e conclusões acertadas para as estratégias e tácticas das forças democráticas mundiais são a tarefa fundamental da Frente Única Anti-imperialista.

Por todo o lado no mundo, como na Ucrânia, na Síria, no Iémen, na Venezuela, na Ásia Oriental e tantos mais onde a luta imperialista pelo predomínio no mundo é feita às costas dos povos. A tendência geral das preparações imperialistas para a guerra, agravam o perigo de guerra. Isto é cada vez mais demonstrado com a ascensão de movimentos fascistas, guerras comerciais, corrida armamentista, grandes exercícios militares com provocações deliberadas, ameaças de invasões, conflitos locais até a confrontos directos de países imperialistas que escalam por fim até à ameaça da 3ª Guerra Mundial.

A Frente Única Anti-imperialista deve ser uma Frente Única Antifascista. Lideres fascistas e protofascistas como o Trump, Erdogan, Modi ou o Bolsonaro, mas também o desenvolvimento direitista dos partidos e governos burgueses na maioria das democracias burguesas, bem como a fascização do aparelho dos estados, devem de forma resoluta e militante, ser combatidos e parados. Esta é uma tarefa urgente.

O imperialismo significa reacção em todo o lado. É por isto que a Frente Única Anti- imperialista coloca na agenda a luta pela preservação e extensão dos direitos e liberdades democráticas. Temos como alvo o anticomunismo dos que estão no poder, que procuram desacreditar, aos olhos das massas, o socialismo como alternativa ao imperialismo.

As trabalhadoras e os trabalhadores do mundo sofrem com as condições de exploração e opressão cada vez piores sob o jugo do neoliberalismo e do terrorismo de estado. No imperialismo, as forças produtivas revolucionárias, apesar de todo o progresso social e tecnológico, são por fim transformadas em opostos. Todos os dias há greves em todos os continentes que estão cada vez mais interligadas com as lutas das amplas massas. No entanto, estas lutas acontecem isoladas, num quadro nacional e sem a partilha de informação e apoio mútuo adequados pelos revolucionários e trabalhadores do mundo. A classe operária internacional, com o proletariado industrial moderno no seu núcleo, apenas serão capazes de fazer frente ao sistema mundial imperialista e tornar-se superior se se unir e mobilizar! A classe operária internacional deve ser a espinha dorsal e a força de liderança da Frente Única Anti-imperialista.

O proletariado mundial precisa e procura a aliança com todos os povos oprimidos do mundo - os camponeses pobres, os povos indígenas, as mulheres, a juventude, os refugiados, os trabalhadores emigrantes, as minorias e todos os que lutam pela democracia e liberdade. As lutas de libertação em muitos países da África, da América Latina e da Ásia, as lutas de libertação Filipinas, Curdas, Palestinas e de outros povos, têm o capital financeiro internacional como um inimigo imperialista comum e exercem uma influência revolucionária e uma visão progressista do futuro. As suas experiências devem ser disponibilizadas a todos os explorados e oprimidos!

A sobre-exploração da Natureza tem vindo a acelerar a transição para uma catástrofe ambiental global que ameaça as fundações da vida Humana. Especialmente afectados são as trabalhadoras e os trabalhadores, devidos às condições de trabalho que ameaçam a vida; mas também o são os pequenos camponeses e trabalhadores agrícolas, bem como enormes partes da população que são afectadas pelas cheias, furacões e secas. A luta pelos trabalhos, melhores condições de trabalho ou salários mais altos, devem ser combinadas e coordenadas com a luta para salvar o Ambiente da desenfreada economia de lucro capitalista!

Biliões de mulheres particularmente oprimidas devem unir as suas lutas pela igualdade de direitos, contra o carácter feudo-patriarcal das sociedades, pela libertação da mulher, com as lutas anti-imperialistas bem como com o movimento operário e revolucionário.

A juventude mundial vê o seu futuro em perigo. Eles estão frequentemente na linha da frente das lutas das massas. Os seus impulsos e energias devem ser fortalecidos através de uma clara consciência anti-imperialista e o seu treino como combatentes inabaláveis pelo futuro.

Apelamos à união da fundação da Frente Única Anti-imperialista com uma discussão estratégica sobre como pode ser conquistada uma sociedade livre de exploração e opressão. Temos em consideração que muitas das forças participantes consideram o Socialismo como a alternativa.

Combate o imperialismo! 
Abaixo com o saque imperialista, o terrorismo de estado, a fascização  do estado, o fascismo, as intervenções militares estrangeiras, as   subversões e as guerras de agressão!

Proletários de todos os países, uni-vos!
Proletários de todos os países povos oprimidos, uni-vos!
Pela libertação da Humanidade da exploração opressão -pela libertação nacional social, pela Democracia, pela Liberdade pelo Socialismo!