1º de Setembro de 2021 - Dia Internacional Anti-guerra. Organizações da ICOR em todo o mundo activas contra o perigo de guerra imperialista! Fascismo - Nunca mais!
Na Europa, o 1º de Setembro é celebrado como o Dia Anti-Guerra, o dia em que o fascismo alemão de Hitler iniciou a devastadora Segunda Guerra Mundial, em 1939, com a invasão da Polónia.
Esta guerra terminou com a derrota total das potências imperialistas aliadas a Hitler como a Alemanha, Japão e outros.
O papel principal nesta vitória foi desempenhado pela então ainda socialista União Soviética, sob a liderança de José Estaline. Esta vitória foi também uma vitória do socialismo sobre o capitalismo. Isto levou à ideia de um socialismo proletário que se espalhou como um rastilho de pólvora por todo o mundo. Muitos povos foram encorajados na sua luta pelo socialismo. O campo socialista foi então forjado.
A hora final que tinha atingido o imperialismo tornou-se particularmente clara em 1949 com a vitória do povo chinês na luta de libertação revolucionária, quando Mao Tse-Tung pôde anunciar a fundação da República Popular da China.
Os sinos de alarme tocavam nas potências imperialistas, especialmente no imperialismo dos EUA, porque desde o fim da Segunda Guerra Mundial que se esforçava pelo domínio total do mundo. Os EUA já tinham deixado esta afirmação inequivocamente clara em 1945 com o uso de bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki.
O uso de armas nucleares é em si mesmo um crime contra toda a humanidade, mas para além disso era também desnecessário em termos de guerra, porque o imperialismo japonês já estava esticado no chão. Esta foi, de facto, uma ameaça dirigida contra a então socialista União Soviética e destinada a intimidar as lutas revolucionárias de libertação. Ao mesmo tempo, era também uma demonstração de força para mostrar ao mundo capitalista quem estaria no comando no futuro.
A chamada "Guerra Fria" começou, na qual os imperialistas utilizaram o anticomunismo moderno como a sua principal arma e impulsionaram uma gigantesca acumulação de armas no seu arsenal. Hoje em dia, não existem tantas zonas do mundo que os imperialistas possam destruir. Entretanto, foram surgindo novos países imperialistas, que também estão a lutar por arsenal nuclear ou já o têm.
Então porque é que os governantes precisam do anticomunismo?
Como todo o arsenal de armas não é suficiente para manter o domínio dos imperialistas, sendo demonstrado pelas várias guerras travadas, em particular pelo imperialismo americano, onde todas elas terminaram em desastre apesar da enorme superioridade bélica - mais recentemente no Afeganistão.
Portanto, no final, não são as armas que importam, mas as pessoas que empunham as armas, ou se as pessoas concordam com a guerra e os seus objectivos. É a isso a que se dirige o anticomunismo. O anticomunismo divide as pessoas, desintegra os movimentos e intimida-os. Serve para impedir as massas de desenvolverem a luta de classes pela sua libertação social e política. A luta de classes é "terror contra os interesses do povo". Os comunistas são "extremistas de esquerda" e qualquer pessoa que defenda o socialismo da antiga União Soviética revolucionária e da China é catalogado como "Estalinista".
Objectivos comuns com os capitalistas?
Em vez disso, é suposto que tenhamos objectivos comuns com os capitalistas e os apoiemos na sua competição global, até ao ponto de apoiar as suas aventuras de guerra. Este anticomunismo já se tornou na religião estatal dos EUA, Alemanha, Turquia, Israel, Espanha e outros países, preparando assim o caminho para um desenvolvimento fascista.
Devido ao desenvolvimento mundial dos governos para a direita, o anticomunismo é sistematicamente promovido - também aqui em Portugal. A onda anticomunista de 2020, segundo a qual os comunistas comeram crianças, ainda não morreu, mas o PSD no Seixal está a lançar uma nova campanha de difamação durante as actuais eleições locais. Depois do seu número de eleitores ter diminuído para cerca de 11% e o fascista "Chega" aparecer ao seu lado, o que poderia potencialmente roubar-lhe o poleiro, está agora a tentar o golpe de libertação com uma selvagem campanha de cartazes anticomunistas contra o PCP. O PCP ainda tem, relativamente, um maior número de votos no distrito e é quem dirige a Câmara Municipal.
PCP indefeso face à campanha anticomunista do PSD
Com grandes imagens de Estaline, Mao Tse-Tung, Che Guevara e de outros como Fidel Castro, é lançada uma agitação primitiva segundo as linhas de "Isto Stalindo está. È hora dos democratas darem um bigode aos comunistas" ou "Enquanto o Seixal é pobre, só os comunistas fumam charutos". Ao mesmo tempo, exigem a renomeação de várias ruas - por exemplo, Rua de 25 de Novembro. Isto serve para tornar novamente respeitável a tentativa falhada de um golpe militar por secções ultra-reaccionárias do MFA em 25 de Novembro de 1975 (os chamados "moderados"). Mesmo nas fileiras do PS há apoio para isto!
A ironia particular é que o PCP revisionista traiu o socialismo e até caluniou Estaline e Mao Tse-Tung sob bases anticomunistas. Agora esta sujidade está a cair de novo sobre si mesma. Assim, encontram-se numa situação difícil, pois não podem defender Estaline e Mao Tse-Tung. Assim, só se queixam da falta de "ética" do PSD.
A linha geral do anticomunismo em Portugal é chamar "Marxismo" a tudo o que não seja directamente proto-fascista ou fascista. Este defende o capitalismo com todas as suas consequências como "sem alternativa" e pinta um quadro arrepiante do Marxismo-Leninismo. Mas hoje em dia, as pessoas já não podem ser tão facilmente enganadas! Hoje em dia, muitas pessoas estão fartas das mil e uma crises do capitalismo. Cada vez mais pessoas em todo o mundo estão à procura de uma sociedade alternativa ao capitalismo e estão a discuti-la. Como UMLP, estamos a dar o nosso contributo para tal.
Hoje em dia, os EUA com a NATO são os principais belicistas do mundo. Mas também nos opomos a novos países imperialistas como a China e a Rússia, que lutam agressivamente pelo poder e pela influência mundial. A luta pela paz deve ser dirigida contra todas as potências imperialistas!
Por conseguinte: